domingo, 17 de junho de 2012


A INSPIRADORA HISTORIA DE SUCESSO DE JOE GIRARD
Ele entrou para o Livro dos Recordes como maior vendedor do mundo!

Joe Girard cresceu num lar humilde, na periferia pobre de Detroit. Desde pequeno Joe sofria na pele e na mente as maldades e humilhações do pai, um imigrante italiano que não encontrou nada além do fracasso ao tentar a vida nos Estados Unidos. Dos 9 aos 11 anos, Joe engraxava sapatos pelo bairro após entregar jornais de madrugada. Aos 14 anos, dormia fora quase todas as noites, em caixas de papelão no pátio da estação ferroviária perto de sua casa para evitar ser espancado pelo pai, que sempre chegava em casa bêbado. Cresceu ouvindo seu pai lhe dizer que ele jamais conseguiria coisa alguma na vida.
Aos trinta e cinco anos de idade, Joe Girard era um verdadeiro fracassado. Havia tentado se estabelecer em diversos negócios sempre com resultados decepcionantes. Em mais uma tentativa desesperada para conseguir emprego, tentou entrar no negócio de venda de automóveis, e uma sucessão de fatos acabou por mudar sua vida, e também criar uma nova metodologia de vendas,não apenas para o segmento de automóveis, mas também inspirar profissionais de vendas e empresários de diversas outras áreas.
Qual seria a explicação para o sucesso tão formidável de um profissional fracassado, apenas com o ensino fundamental, que em pouco tempo tornou-se o principal vendedor de carros da América e depois foi apontado pelo Guinness book como o maior vendedor de carros do mundo, não tendo competidor a altura durante os anos em que atuou como vendedor de carros?
A história de Joe Girard foi contada no livro autobiográfico “Como Vender Qualquer Coisa a Qualquer Um”, (Editora Record, 1982).Segundo seu relato, Joe Girard vendia em torno de 1500 carros mensais, o que dava uma média superior a 5 carros zero Km por dia. Qualquer vendedor de carros pode achar esta tarefa praticamente impossível, no entanto esta era a realidade de Girard nos últimos anos em que atuou como vendedor até sua aposentadoria. Todo este desempenho tem explicação. Ele utilizava um método de trabalho bastante inovador e baseado em idéias simples e práticas.
Tudo começou quanto Joe Girard se viu desempregado, e passando enormes necessidades financeiras junto com sua mulher e filhos. Procurou um conhecido que era gerente de uma concessionária de automóveis e lhe pediu emprego. A princípio o conhecido lhe negou o emprego argumentando que já havia muitos vendedores para os poucos clientes que apareciam na loja. Como ele estava desesperado, propôs ao gerente um acordo em que não atenderia aos clientes que viessem à concessionária, mas apenas àqueles que ele captasse por outros meios. Esta decisão obrigou Joe Girard a criar novas maneiras de captar, conquistar e construir relacionamentos com os clientes. Foi disponibilizado para Joe Girard uma pequena e simples mesa ao fundo do salão da concessionária, com um telefone e uma lista telefônica, de maneira que ele não pudesse interceptar clientes que entrassem pelas portas frontais. Ali Joe passava a maior parte do tempo, ligando aleatoriamente para assinantes da lista telefônica e oferecendo veículos. Enquanto isso, era vigiado constantemente pelo grupo de vendedores da loja, que se certificavam de que ele não abordaria os clientes que entrassem no salão! Naquela mesma tarde, sem nenhuma experiência no ramo, Joe fechou sua primeira venda. Pediu então ao gerente 10 dolares adiantados, assim poderia levar uma pequena compra de alimentos para sua família.
Sem ajuda de custo ou salário (nem mesmo um veículo ele possuía no momento), Joe Girard tinha real necessidade de vender ou chegaria em casa sem um centavo diariamente. Evitava beber água, tomar café e bater papo nas rodinhas, não podia se dar ao luxo de perder tempo!
No decorrer do mês seguinte Joe vendeu 18 veículos, entre carros de passeio e caminhonetes. Na última semana do mês, o gerente o chamou para uma reunião e o demitiu sumariamente, pois foi considerado um vendedor agressivo em seus métodos e os outros vendedores da concessionária, enciumados, já reclamavam e ameaçavam sair!. Agora Joe girard já possuía experiência, portanto não precisou se humilhar para conseguir seu próximo trabalho, na concessionária Merollis Chevrolet em Michigan, onde nos próximos anos ele venderia mais carros do que qualquer pessoa no mundo (até os dias atuais ninguém bateu seus recordes). Joe Girard ainda guarda sua caixa de engraxate, exposta em seu escritório.
Analisando a trajetória deste formidável vendedor, podemos identificar muitas das ações inovadoras propostas na estratégia do oceano azul. A base desta estratégia, como ressalta os criadores desta metodologia revolucionária, é a empresa ou o profissional criar um ambiente em que torne a concorrência irrelevante. O objetivo é superar o oceano vermelho, em que ocorre uma acirrada concorrência entre empresas ou profissionais, e descobrir um oceano azul, onde possam nadar sozinhos num ambiente sem concorrentes.
Foi justamente isto que Joe Girard conseguiu. Enquanto os outros vendedores ficavam na loja de “braços cruzados”, aguardando os clientes chegarem, ele realizava uma série de ações planejadas para atrair e conquistar continuamente novos clientes, sem concorrer com seus colegas de loja.
Algumas das ações implementadas por Joe Girard, podem ser analisadas no contexto da metodologia criada pelos autores do livro “A estratégia do oceano azul”, Cham Kim e Renee Malbourne. Os autores sugerem que é preciso realizar determinados passos para visualizar o contexto do mercado e assim implantar a estratégia.
Para os autores é preciso parar de olhar apenas para os concorrentes e começar a pensar em oportunidades alternativas. Buscar novas competências, pesquisar empresas e profissionais estratégicos que estão se saindo bem no mercado, inclusive em outras áreas, examinar sua cadeia de clientes, pois seu futuro cliente pode estar atualmente em um mercado complementar ao seu. Examinar novas maneiras de realizar negócios, de atender expectativas e de buscar clientes.
Aqui estão algumas das ações, que faziam parte do método de trabalho de Joe Girard, que em geral não são utilizados pela maioria dos vendedores:
- Planeje seu trabalho e trabalhe seu plano – Esta é uma idéia elementar, que todo vendedor deveria utilizar, mas que poucos põem em prática. A base de todo trabalho bem sucedido é o planejamento.
- Não faça parte do clube – Joe Girard se referia ao “clube”,como sendo aquela “rodinha” de conversa informal entre vendedores. Enquanto seus concorrentes brincavam e contavam piadas, ele fazia contato com clientes e com parceiros para que lhe enviassem novos clientes.
- Trabalhe com perdigueiros – Joe Girard chamava de perdigueiros (cães de caça), às pessoas que “caçavam” clientes para ele mediante uma comissão pré-estabelecida.
- Utilize a Lei Girard dos 250 – Segundo Girard, cada pessoas conhece, ao longo de sua vida, em média, de uma maneira mais próxima, 250 outras pessoas. Se você as tratar bem, elas promoverão seu nome positivamente junto aos seus conhecidos. E se as trata mal, você terá uma propaganda negativa junto a um número infindável de pessoas.
- O início do relacionamento com os clientes – Nas palavras de Girard “uma coisa que eu faço, e que poucos vendedores fazem, é enviar uma mensagem de agradecimento ao cliente depois de fechada a primeira venda. A maioria dos vendedores acredita que a venda acaba após assinatura do contrato, para mim a venda começa neste momento.”
- A base de um negócio são as parcerias – Mais da metade dos negócios deste vendedor vinham das parcerias que ele desenvolvia com outros profissionais de áreas correlatas, clientes antigos efornecedores. Ele criou um sistema de bônus que enviava às pessoas que lhe indicassem clientes, e mantinha contatos freqüentes.O resultado é que recebia um número extraordinário de indicações de clientes.
- O relacionamento – Cada cliente de Joe Girard recebia mensalmente uma mensagem, sempre em dias diferentes e de forma personalizada. Na mensagem Girard lembrava aos clientes e conhecidos, que ele continuava vendendo automóveis, e que ficaria grato se este amigo voltasse a comprar com ele no futuro ou lhe enviasse um novo cliente, um amigo ou conhecido. E ao final, lembrava sempre da combinação do bônus que a pessoa receberia caso a pessoa enviada comprasse um automóvel.
- Cartão de visitas – Segundo Joe Girard, o cartão de visitas é uma arma pequena mas extremamente poderosa. Ele utilizava o cartão de visita em todas as oportunidades que tinha e em todos os contatos com pessoas. Se ia comprar uma camisa, ao barbeiro, ou quando pagava a conta em um restaurante, sempre deixava junto com o dinheiro o seu cartão de visita. Dessa forma conseguia promover seu negócio em todas as oportunidades profissionais e sociais.
Estas são algumas das ações inovadoras desenvolvidas por Joe Girard. A partir destes exemplos é possível perceber a simplicidade e a praticidade de sua metodologia e tirar algumas lições deste caso: competir em mercados altamente disputados exige um enorme esforço, se obtém poucos resultados e em geral estes resultados são frustrantes. No entanto, competir em mercados inexplorados, ou oceanos azuis como estamos denominando, permitem às empresasou aos profissionais obter grande crescimento e ótimos resultados financeiros.
O caso Joe Girard pode servir de exemplo para muitos profissionais e empresas,não apenas do setor automobilístico, mas em outras áreas profissionais. Portanto sugerimos a estes profissionais e organizações que, a exemplo de Joe Girard, busquem inovar em sua maneira de atuação e descubram novos mercados ou novas fronteiras para seu antigo mercado, criando uma “inovação de valor” e construindo as bases para seu crescimento presente e futuro, através da estratégia do oceano azul.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


EMERGENTES SERÃO MAIORIA EM COMÉRCIO VIRTUAL ATÉ 2015


Os principais mercados atuais para o comércio eletrônico mundial - Estados Unidos e países da Europa Ocidental - devem perder espaço para economias emergentes até 2015.
A conclusão é do levantamento da consultoria Forrester Research, apresentado essa semana no evento do varejo americano, em Nova York.
Hoje essas nações representam mais de 50% das vendas virtuais de R$ 805,5 bilhões (US$ 450 bilhões, mas vão perder espaço para transações feitas na China, Brasil, México, Índia e também em economias como Japão e Coreia do Sul.
"A mudança significativa no perfil das vendas on-line no mundo está relacionada principalmente ao avanço da internet nesses países entre os consumidores e às novas formas de interação, como o comércio social", disse Zia Wigder, diretora de pesquisas da Forrester Research.
comércio eletrônico brasileiro cresceu 21% em 2011 e chegou a R$ 21,5 bilhões. O volume representou 2,2% das vendas on-line mundiais.
A expectativa é que a participação brasileira passe para cerca de 3% do comércio eletrônico mundial - ou R$ 39,3 bilhões de R$ 1,25 trilhão - nos próximos três anos, segundo a consultoria.
Apesar de o número parecer pouco expressivo, principalmente ante os 22% que devem ser conquistados pela China no mesmo período - com R$ 285,3 bilhões -, oBrasil é considerado um dos países com maior potencial para as vendas on-line.
Isso porque registrará expansão do alcance do número de consumidores na internet,diversificação dos produtos comercializados e a chegada de grupos internacionais, que impulsionarão o setor.
Hoje são cerca de 30 milhões de brasileiros que compram pela internet entre 91 milhões de usuários da rede.
BRASIL E CHINA
Brasil e China foram apontados durantes do evento como os principais mercados on-line a serem explorados, embora tenham perfis e maturidade diferentes para as vendas virtuais.
Enquanto na China o comércio virtual é extremamente pulverizado com os 20 maiores varejistas representando apenas 8,4% das vendas na internet, no Brasil essa mesma quantidade de empresas tem 70% de participação, puxadas pela B2W, que controla Submarino e Americanas.com.
Outra diferença significativa é o tipo de produto consumido.
"Os chineses já têm cultura de compra de praticamente de tudo na internet, de roupas a eletrônicos. A próxima fronteira prevê a chegada de marcas internacionais e de luxo para a venda virtual", diz Angela Kapp, consultora especializada em vendas no mercado chinês e vice-presidente do clube on-line de vendas de luxo Hui She Shang.
Já no Brasil, eletrônicos e livros estão entre os campeões de vendas e a etapa atual é o amadurecimento de outras categorias.
"Gradualmente vemos a evolução de outros tipos de produto sendo explorados pelas vendas on-line brasileiras e também os sites de nicho ganhando espaço", diz Gastão Mattos, presidente da Braspag, de sistemas de pagamento e serviços financeiros pertencente à Cielo.
As vendas on-line na China estão concentradas em quatro cidades principais, de acordo com Kapp - Pequim, Xangai, Guandong e Jiangsu, enquanto no Brasil os internautas crescem praticamente em todas as regiões do país.
INVESTIMENTO
Para os estrangeiros que querem investir em comércio eletrônico nos dois países, os desafios também são bem diferentes.
"Hoje, a principal questão para as empresas internacionais que querem operar comercialmente na China, entre elas a de comércio eletrônico, é lidar com questões relativas a proteção de propriedade intelectual, ainda com pontos muito frágeis no país", afirma a executiva.
"Entender a cultura de controle da internet no país também é desafiador", diz.
De acordo com Mattos, no Brasil um dos desafios é combater as fraudes com cartões de crédito nas vendas on-line. Hoje 1% das transações envolvendo o meio de pagamento são fraudulentas. Outra questão a ser superada tanto pelas novas empresas de comércio eletrônico no país quanto por aquelas que já existem é ogargalo na distribuição logística.
Hoje existem apenas seis empresas privadas especializadas em transporte de cargas vendidas pela internet - além dos Correios, principal distribuidor no país com 33% de participação.
"Haverá um gargalo expressivo nos próximos anos com o crescimento do comércio eletrônico no Brasil. Essas empresas não suportarão o aumento de 25% de cargas a serem transportadas no país", diz Mattos.
O evento da Federação Nacional do Varejo dos EUA em Nova York reuniu cerca de 24 mil pessoas. A delegação brasileira foi a maior entre os participantes internacionais, com 4.300 pessoas.