domingo, 17 de junho de 2012


A INSPIRADORA HISTORIA DE SUCESSO DE JOE GIRARD
Ele entrou para o Livro dos Recordes como maior vendedor do mundo!

Joe Girard cresceu num lar humilde, na periferia pobre de Detroit. Desde pequeno Joe sofria na pele e na mente as maldades e humilhações do pai, um imigrante italiano que não encontrou nada além do fracasso ao tentar a vida nos Estados Unidos. Dos 9 aos 11 anos, Joe engraxava sapatos pelo bairro após entregar jornais de madrugada. Aos 14 anos, dormia fora quase todas as noites, em caixas de papelão no pátio da estação ferroviária perto de sua casa para evitar ser espancado pelo pai, que sempre chegava em casa bêbado. Cresceu ouvindo seu pai lhe dizer que ele jamais conseguiria coisa alguma na vida.
Aos trinta e cinco anos de idade, Joe Girard era um verdadeiro fracassado. Havia tentado se estabelecer em diversos negócios sempre com resultados decepcionantes. Em mais uma tentativa desesperada para conseguir emprego, tentou entrar no negócio de venda de automóveis, e uma sucessão de fatos acabou por mudar sua vida, e também criar uma nova metodologia de vendas,não apenas para o segmento de automóveis, mas também inspirar profissionais de vendas e empresários de diversas outras áreas.
Qual seria a explicação para o sucesso tão formidável de um profissional fracassado, apenas com o ensino fundamental, que em pouco tempo tornou-se o principal vendedor de carros da América e depois foi apontado pelo Guinness book como o maior vendedor de carros do mundo, não tendo competidor a altura durante os anos em que atuou como vendedor de carros?
A história de Joe Girard foi contada no livro autobiográfico “Como Vender Qualquer Coisa a Qualquer Um”, (Editora Record, 1982).Segundo seu relato, Joe Girard vendia em torno de 1500 carros mensais, o que dava uma média superior a 5 carros zero Km por dia. Qualquer vendedor de carros pode achar esta tarefa praticamente impossível, no entanto esta era a realidade de Girard nos últimos anos em que atuou como vendedor até sua aposentadoria. Todo este desempenho tem explicação. Ele utilizava um método de trabalho bastante inovador e baseado em idéias simples e práticas.
Tudo começou quanto Joe Girard se viu desempregado, e passando enormes necessidades financeiras junto com sua mulher e filhos. Procurou um conhecido que era gerente de uma concessionária de automóveis e lhe pediu emprego. A princípio o conhecido lhe negou o emprego argumentando que já havia muitos vendedores para os poucos clientes que apareciam na loja. Como ele estava desesperado, propôs ao gerente um acordo em que não atenderia aos clientes que viessem à concessionária, mas apenas àqueles que ele captasse por outros meios. Esta decisão obrigou Joe Girard a criar novas maneiras de captar, conquistar e construir relacionamentos com os clientes. Foi disponibilizado para Joe Girard uma pequena e simples mesa ao fundo do salão da concessionária, com um telefone e uma lista telefônica, de maneira que ele não pudesse interceptar clientes que entrassem pelas portas frontais. Ali Joe passava a maior parte do tempo, ligando aleatoriamente para assinantes da lista telefônica e oferecendo veículos. Enquanto isso, era vigiado constantemente pelo grupo de vendedores da loja, que se certificavam de que ele não abordaria os clientes que entrassem no salão! Naquela mesma tarde, sem nenhuma experiência no ramo, Joe fechou sua primeira venda. Pediu então ao gerente 10 dolares adiantados, assim poderia levar uma pequena compra de alimentos para sua família.
Sem ajuda de custo ou salário (nem mesmo um veículo ele possuía no momento), Joe Girard tinha real necessidade de vender ou chegaria em casa sem um centavo diariamente. Evitava beber água, tomar café e bater papo nas rodinhas, não podia se dar ao luxo de perder tempo!
No decorrer do mês seguinte Joe vendeu 18 veículos, entre carros de passeio e caminhonetes. Na última semana do mês, o gerente o chamou para uma reunião e o demitiu sumariamente, pois foi considerado um vendedor agressivo em seus métodos e os outros vendedores da concessionária, enciumados, já reclamavam e ameaçavam sair!. Agora Joe girard já possuía experiência, portanto não precisou se humilhar para conseguir seu próximo trabalho, na concessionária Merollis Chevrolet em Michigan, onde nos próximos anos ele venderia mais carros do que qualquer pessoa no mundo (até os dias atuais ninguém bateu seus recordes). Joe Girard ainda guarda sua caixa de engraxate, exposta em seu escritório.
Analisando a trajetória deste formidável vendedor, podemos identificar muitas das ações inovadoras propostas na estratégia do oceano azul. A base desta estratégia, como ressalta os criadores desta metodologia revolucionária, é a empresa ou o profissional criar um ambiente em que torne a concorrência irrelevante. O objetivo é superar o oceano vermelho, em que ocorre uma acirrada concorrência entre empresas ou profissionais, e descobrir um oceano azul, onde possam nadar sozinhos num ambiente sem concorrentes.
Foi justamente isto que Joe Girard conseguiu. Enquanto os outros vendedores ficavam na loja de “braços cruzados”, aguardando os clientes chegarem, ele realizava uma série de ações planejadas para atrair e conquistar continuamente novos clientes, sem concorrer com seus colegas de loja.
Algumas das ações implementadas por Joe Girard, podem ser analisadas no contexto da metodologia criada pelos autores do livro “A estratégia do oceano azul”, Cham Kim e Renee Malbourne. Os autores sugerem que é preciso realizar determinados passos para visualizar o contexto do mercado e assim implantar a estratégia.
Para os autores é preciso parar de olhar apenas para os concorrentes e começar a pensar em oportunidades alternativas. Buscar novas competências, pesquisar empresas e profissionais estratégicos que estão se saindo bem no mercado, inclusive em outras áreas, examinar sua cadeia de clientes, pois seu futuro cliente pode estar atualmente em um mercado complementar ao seu. Examinar novas maneiras de realizar negócios, de atender expectativas e de buscar clientes.
Aqui estão algumas das ações, que faziam parte do método de trabalho de Joe Girard, que em geral não são utilizados pela maioria dos vendedores:
- Planeje seu trabalho e trabalhe seu plano – Esta é uma idéia elementar, que todo vendedor deveria utilizar, mas que poucos põem em prática. A base de todo trabalho bem sucedido é o planejamento.
- Não faça parte do clube – Joe Girard se referia ao “clube”,como sendo aquela “rodinha” de conversa informal entre vendedores. Enquanto seus concorrentes brincavam e contavam piadas, ele fazia contato com clientes e com parceiros para que lhe enviassem novos clientes.
- Trabalhe com perdigueiros – Joe Girard chamava de perdigueiros (cães de caça), às pessoas que “caçavam” clientes para ele mediante uma comissão pré-estabelecida.
- Utilize a Lei Girard dos 250 – Segundo Girard, cada pessoas conhece, ao longo de sua vida, em média, de uma maneira mais próxima, 250 outras pessoas. Se você as tratar bem, elas promoverão seu nome positivamente junto aos seus conhecidos. E se as trata mal, você terá uma propaganda negativa junto a um número infindável de pessoas.
- O início do relacionamento com os clientes – Nas palavras de Girard “uma coisa que eu faço, e que poucos vendedores fazem, é enviar uma mensagem de agradecimento ao cliente depois de fechada a primeira venda. A maioria dos vendedores acredita que a venda acaba após assinatura do contrato, para mim a venda começa neste momento.”
- A base de um negócio são as parcerias – Mais da metade dos negócios deste vendedor vinham das parcerias que ele desenvolvia com outros profissionais de áreas correlatas, clientes antigos efornecedores. Ele criou um sistema de bônus que enviava às pessoas que lhe indicassem clientes, e mantinha contatos freqüentes.O resultado é que recebia um número extraordinário de indicações de clientes.
- O relacionamento – Cada cliente de Joe Girard recebia mensalmente uma mensagem, sempre em dias diferentes e de forma personalizada. Na mensagem Girard lembrava aos clientes e conhecidos, que ele continuava vendendo automóveis, e que ficaria grato se este amigo voltasse a comprar com ele no futuro ou lhe enviasse um novo cliente, um amigo ou conhecido. E ao final, lembrava sempre da combinação do bônus que a pessoa receberia caso a pessoa enviada comprasse um automóvel.
- Cartão de visitas – Segundo Joe Girard, o cartão de visitas é uma arma pequena mas extremamente poderosa. Ele utilizava o cartão de visita em todas as oportunidades que tinha e em todos os contatos com pessoas. Se ia comprar uma camisa, ao barbeiro, ou quando pagava a conta em um restaurante, sempre deixava junto com o dinheiro o seu cartão de visita. Dessa forma conseguia promover seu negócio em todas as oportunidades profissionais e sociais.
Estas são algumas das ações inovadoras desenvolvidas por Joe Girard. A partir destes exemplos é possível perceber a simplicidade e a praticidade de sua metodologia e tirar algumas lições deste caso: competir em mercados altamente disputados exige um enorme esforço, se obtém poucos resultados e em geral estes resultados são frustrantes. No entanto, competir em mercados inexplorados, ou oceanos azuis como estamos denominando, permitem às empresasou aos profissionais obter grande crescimento e ótimos resultados financeiros.
O caso Joe Girard pode servir de exemplo para muitos profissionais e empresas,não apenas do setor automobilístico, mas em outras áreas profissionais. Portanto sugerimos a estes profissionais e organizações que, a exemplo de Joe Girard, busquem inovar em sua maneira de atuação e descubram novos mercados ou novas fronteiras para seu antigo mercado, criando uma “inovação de valor” e construindo as bases para seu crescimento presente e futuro, através da estratégia do oceano azul.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


EMERGENTES SERÃO MAIORIA EM COMÉRCIO VIRTUAL ATÉ 2015


Os principais mercados atuais para o comércio eletrônico mundial - Estados Unidos e países da Europa Ocidental - devem perder espaço para economias emergentes até 2015.
A conclusão é do levantamento da consultoria Forrester Research, apresentado essa semana no evento do varejo americano, em Nova York.
Hoje essas nações representam mais de 50% das vendas virtuais de R$ 805,5 bilhões (US$ 450 bilhões, mas vão perder espaço para transações feitas na China, Brasil, México, Índia e também em economias como Japão e Coreia do Sul.
"A mudança significativa no perfil das vendas on-line no mundo está relacionada principalmente ao avanço da internet nesses países entre os consumidores e às novas formas de interação, como o comércio social", disse Zia Wigder, diretora de pesquisas da Forrester Research.
comércio eletrônico brasileiro cresceu 21% em 2011 e chegou a R$ 21,5 bilhões. O volume representou 2,2% das vendas on-line mundiais.
A expectativa é que a participação brasileira passe para cerca de 3% do comércio eletrônico mundial - ou R$ 39,3 bilhões de R$ 1,25 trilhão - nos próximos três anos, segundo a consultoria.
Apesar de o número parecer pouco expressivo, principalmente ante os 22% que devem ser conquistados pela China no mesmo período - com R$ 285,3 bilhões -, oBrasil é considerado um dos países com maior potencial para as vendas on-line.
Isso porque registrará expansão do alcance do número de consumidores na internet,diversificação dos produtos comercializados e a chegada de grupos internacionais, que impulsionarão o setor.
Hoje são cerca de 30 milhões de brasileiros que compram pela internet entre 91 milhões de usuários da rede.
BRASIL E CHINA
Brasil e China foram apontados durantes do evento como os principais mercados on-line a serem explorados, embora tenham perfis e maturidade diferentes para as vendas virtuais.
Enquanto na China o comércio virtual é extremamente pulverizado com os 20 maiores varejistas representando apenas 8,4% das vendas na internet, no Brasil essa mesma quantidade de empresas tem 70% de participação, puxadas pela B2W, que controla Submarino e Americanas.com.
Outra diferença significativa é o tipo de produto consumido.
"Os chineses já têm cultura de compra de praticamente de tudo na internet, de roupas a eletrônicos. A próxima fronteira prevê a chegada de marcas internacionais e de luxo para a venda virtual", diz Angela Kapp, consultora especializada em vendas no mercado chinês e vice-presidente do clube on-line de vendas de luxo Hui She Shang.
Já no Brasil, eletrônicos e livros estão entre os campeões de vendas e a etapa atual é o amadurecimento de outras categorias.
"Gradualmente vemos a evolução de outros tipos de produto sendo explorados pelas vendas on-line brasileiras e também os sites de nicho ganhando espaço", diz Gastão Mattos, presidente da Braspag, de sistemas de pagamento e serviços financeiros pertencente à Cielo.
As vendas on-line na China estão concentradas em quatro cidades principais, de acordo com Kapp - Pequim, Xangai, Guandong e Jiangsu, enquanto no Brasil os internautas crescem praticamente em todas as regiões do país.
INVESTIMENTO
Para os estrangeiros que querem investir em comércio eletrônico nos dois países, os desafios também são bem diferentes.
"Hoje, a principal questão para as empresas internacionais que querem operar comercialmente na China, entre elas a de comércio eletrônico, é lidar com questões relativas a proteção de propriedade intelectual, ainda com pontos muito frágeis no país", afirma a executiva.
"Entender a cultura de controle da internet no país também é desafiador", diz.
De acordo com Mattos, no Brasil um dos desafios é combater as fraudes com cartões de crédito nas vendas on-line. Hoje 1% das transações envolvendo o meio de pagamento são fraudulentas. Outra questão a ser superada tanto pelas novas empresas de comércio eletrônico no país quanto por aquelas que já existem é ogargalo na distribuição logística.
Hoje existem apenas seis empresas privadas especializadas em transporte de cargas vendidas pela internet - além dos Correios, principal distribuidor no país com 33% de participação.
"Haverá um gargalo expressivo nos próximos anos com o crescimento do comércio eletrônico no Brasil. Essas empresas não suportarão o aumento de 25% de cargas a serem transportadas no país", diz Mattos.
O evento da Federação Nacional do Varejo dos EUA em Nova York reuniu cerca de 24 mil pessoas. A delegação brasileira foi a maior entre os participantes internacionais, com 4.300 pessoas.

terça-feira, 13 de março de 2012







Os melhores dias da sua vida nunca estão para traz de você, a não ser que você tome a decisão de ver as coisas dessa maneira.

Não importa como a vida tenha lhe tratado, sempre haverá oportunidades para experimentar o melhor que ainda está por vir.

Tudo que é do seu conhecimento já aconteceu, é passado; portanto, é muito fácil ver e analisar a vida revisitando o passado. Quando isso se torna um estilo de vida, – infelizmente – você pode se fechar para as incríveis e positivas possibilidades que estão à sua frente.

O sucesso acontece quando com determinação e firmeza, você se decide a fazer deste mundo um lugar melhor, não importando quantos obstáculos tenha ainda que superar. O fracasso sobrevém quando você se convence de que o mundo inteiro está contra você, e faz desse falso conceito a sua realidade.

O sucesso é a conseqüência de certos pensamentos específicos, de determinados esforços e atitudes. Igualmente o fracasso resulta de certos pensamentos, atitudes e esforços.



A cada momento da sua vida você é levado a um resultado real e especifico; e a cada momento, com os pensamentos, atitudes e ações pelos quais você optou poderão determinar exatamente quais serão os resultados. E eles serão fatalmente, ou sucesso, ou fracasso.

Viva o melhor da sua vida hoje. Hoje é tudo o que você tem. O sol já nasceu nesta manhã e com ele preciosas possibilidades.
Olhe para frente! Viva a vida hoje 

segunda-feira, 12 de março de 2012

As melhores frases de Steve Jobs


Uma das melhores maneiras de guardar lembranças de pessoas que mudaram o mundo é refletir sobre frases inspiradoras. E Steve Jobs era bom nisso. Muito do que ele falou serve de guia para novos empreendedores e de incentivo para muitos serem os melhores no que fazem.

Nós do Tecmundo, como uma homenagem à memória dessa grande pessoa que mudou a vida de muitos, fizemos uma coletânea de 20 citações que marcaram durante sua vida. Se você souber de outras, fique a vontade para contribuir com a matéria, colocando-as nos comentários.
  • “Às vezes, quando você inova, comete erros. É melhor admiti-los rapidamente e continuar a melhorar suas outras inovações.”

  • "Ser o homem mais rico do cemitério não importa para mim... Ir para a cama à noite, dizendo que fizemos algo maravilhoso... É isso que importa para mim.”

  • "Eu valia mais de US$ 1.000.000 quando eu tinha 23, e mais de US$ 10.000.000 quando eu tinha 24 anos, e mais de $ 100.000.000 quando eu tinha 25 anos, e não era assim tão importante porque eu nunca fiz isso por dinheiro."

  • "O único problema com a Microsoft é que eles simplesmente não têm gosto. Eles não têm absolutamente nenhum gosto. E eu não quero dizerem uma maneira pequena, quero dizer em forma geral, no sentido de que eles não pensam em ideias originais, e eles não trazem muita cultura em seus produtos.”

  • "Fizemos os botões na tela parecerem tão bons que você vai querer lambê-los."

  • "Inovação se distingue entre um líder e um seguidor".

  • "Quero dizer, algumas pessoas afirmam: Oh, Deus, se [Jobs] for atropelado por um ônibus, a Apple estaria em apuros. E, você sabe, eu acho que não seria uma festa, mas há pessoas realmente qualificadas na Apple. Meu trabalho é fazer com que toda a equipe executiva seja boa o suficiente para serem sucessores, e é isso que eu tento fazer.”

  • "Nós não temos a chance de fazer muitas coisas, e cada uma deve ser realmente excelente. Porque esta é a nossa vida. A vida é breve, e então você morre, sabe? E todos nós escolhemos o que fazer com as nossas vidas. Então é melhor que seja muito bom. É melhor valer a pena."

  • "Eu sou a única pessoa que conheço que perdeu um quarto de bilhão de dólares em um ano... É muito bom para a construção do caráter."

  • “Tenho tanto orgulho do que nós não fazemos quanto tenho do que fazemos.”

  • "A qualidade é mais importante do que a quantidade. Um gol de placa é melhor do que um gol feio.” (original: “One home run is much better than two doubles.”)

  • "Eu sempre quis possuir e controlar a tecnologia de ponta em tudo que fazemos."

  • “É preciso dizer não para mil coisas para termos a certeza de que não estaremos no caminho errado ou não tentaremos fazer demais.”

  • "Você quer passar o resto da sua vida vendendo água com açúcar ou você quer uma chance de mudar o mundo?" (Falada para convencer Sculley a sair da Pepsi e se tornar o CEO da Apple)

  • "Estou convencido de que cerca de metade do que separa os empreendedores de sucesso daqueles malsucedidos é a pura perseverança."

  • "Eu quero colocar uma marca no universo."

  • "Meu trabalho não é o de pegar leve com as pessoas. Meu trabalho é torná-las melhores."

  • "Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona.”

  • "Os produtos cansam! Não há mais sexo neles! "

"One more thing..."

Existem diversas outras citações inspiradoras de Jobs na rede. Para quem quiser torná-lo um mentor, vale a pena a pesquisa


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/steve-jobs/14052-20-frases-inspiradoras-de-steve-jobs.htm#ixzz1oxMjibv8

segunda-feira, 5 de março de 2012

10 hackers mais famosos da história


É certo que a internet ainda é bastante vulnerável, mas algumas pessoas se destacaram por invadir sites e redes supostamente seguras. Alguns deles por prazer, outros por dinheiro, houve até quem o fizesse por vingança. A única coisa certa é que esses 10 rapazes abaixo já deram muita dor de cabeça por suas ações na internet.
Hoje, a maioria deles já não faz mais parte do "lado negro da força" virtual e trabalham na segurança digital, mas você conhece seus feitos? Conheça os 10 hackers mais famosos da história nessa lista que o TechTudo preparou para você.
10. David L. Smith
David L. Smith (Foto: Divulgação)David L. Smith (Foto:
Reprodução)
Smith é o autor do notório "worm Melissa", responsável por sobrecarregar e tirar do ar vários servidores de e-mail em 1999. Smith foi detido e condenado em 2002 a 10 anos de prisão por ter causado mais de US$80 milhões de prejuízo. A pena chegou a ser reduzida para 20 meses (mais multa de US$ 5 mil) quando Smith aceitou trabalhar com o FBI, logo após sua captura. Inicialmente ele trabalhou 18 horas por semana, mas logo a demanda aumentou, fazendo-o trabalhar 40 horas semanais. Ele foi incumbido de obter conexões entre os autores de vírus novos, mantendo a atenção às vulnerabilidades dos softwares e contribuindo para a captura dos invasores.
9. Robert Morris
Robert Morris (Foto: Reprodução)Robert Morris (Foto:
Reprodução)
Americano, filho do cientista chefe do Centro Nacional de Segurança Computacional dos EUA, Morris foi o responsável pela criação de um vírus que chegou a prejudicar 6 mil computadores em 1988 (cerca de 10% da internet da época), inutilizando-os. Ele foi o primeiro a ser condenado pela lei de Abuso e Fraude de Computadores dos Estados Unidos, mas nem cumpriu a pena. Atualmente ele é considerado o mestre dos criadores de pragas virtuais e está trabalhando como professor efetivo do MIT no Laboratório de Inteligência Artificial.
8. Kevin Poulsen
Kevin Poulsen (Foto: Reprodução)Kevin Poulsen (Foto:
Reprodução)
Seu principal feito aconteceu em 1990, quando Poulsen interceptou todas as linhas telefônicas da estação de rádio KIIS-FM, vencendo assim um concurso realizado pela emissora da Califórnia. O prêmio era um Porche para o 102º ouvinte que telefonasse. Poulsen garantiu seu carro, mas passou 51 meses na prisão. Hoje ele é diretor do site Security Focus e editor da Wired.


7. Onel de Guzman
Onel de Guzman (Foto: Reprodução)Onel de Guzman (Foto:
Reprodução)
Criador do famoso vírus "I love you", que era enviado por e-mail com um arquivo anexo chamado "Love-the-letter-for-you". Após a execução, o vírus fazia com que a mensagem fosse enviada para todos os contatos da vítima, e além de se retransmitir, o vírus subscrevia alguns arquivos e infectava vários outros, fazendo com que o malware fosse executado toda vez que a pessoa tentasse abrir um arquivo MP3, por exemplo.
Estima-se que o "I love you" tenha sido enviado a mais de 84 milhões de pessoas, causando um prejuízo total de $8,7 bilhões.
O estudante filipino que enviou o vírus o fez por pura birra, já que tratava-se de um trabalho de faculdade rejeitado. Ele foi absolvido por faltar legislação que envolvesse crimes digitais em seu país, e também por não terem encontrado provas.
6. Vladimir Levin
Vladimir Levin (Foto: Reprodução)Vladimir Levin (Foto:
Reprodução)
Formado pela Universidade de Tecnologia de St.Petesburg, Rússia, esse hacker russo foi o cérebro de um ataque aos computadores do Citybank. Com o acesso à rede bancária, ele desviou US$10 milhões de contas de clientes. Foi preso pela Interpol no Aeroporto de Heathrow em 1995.


 
5. Jon Lech Johansen
Jon Lech Johansen (Foto: Reprodução)Jon Lech Johansen
(Foto: Reprodução)
Norueguês, Johansen também é conhecido como "DVD John", por ter conseguido burlar a proteção regional inseridas nos DVDs comerciais. Seus pais foram processados em seu lugar, afinal, ele tinha apenas 15 anos, mas foram absolvidos sob a seguinte alegação do juiz: 'como DVDs são objetos mais frágeis do que, por exemplo, livros, as pessoas deveriam ter a possibilidade de fazer uma cópia de segurança para uso pessoal'. Sortudo!
Ao que parece, Johansen trabalha para quebrar os sistemas anticópias do Blu-Ray, os discos que sucederam os DVDs.
4. Jonathan James
Jonathan James (Foto: Reprodução)Jonathan James (Foto:
Reprodução)
Foi o primeiro adolescente a ser preso por crimes digitais nos Estados Unidos, em 1999. Ele invadiu os computadores do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e da NASA, aos 15 anos de idade. James suicidou-se em maio de 2008, e junto com o corpo foi encontrada uma carta com 5 páginas, justificando que ele não acreditava mais no sistema judiciário. Isso porque ele estava sendo investigado pelo Serviço Secreto por ter ligação - ao qual ele negava - a um grande roubo de dados de clientes de várias lojas virtuais norte-americanas em 2007.

3. Raphael Gray
Raphael Gray (Foto: Reprodução)Raphael Gray (Foto:
Reprodução)
O hacker britânico Raphael Gray foi condenado com apenas 19 anos por roubar 23 mil números de cartões de crédito, entre eles um de Bill Gates. Usando dados de cartões de crédito roubados, Gray criou dois sites, o "ecrackers.com" e o "freecreditcards.com", onde publicou informações de cartões de crédito roubados de páginas de e-commerce, incluindo o número que ele alegou ser do cartão de crédito de Bill Gates, com o telefone da casa do milionário. O fato chamou a atenção do FBI, que o "visitou" em março de 1999.
 
2. Adrian Lamo
Adrian Lamo (Foto: Reprodução)Adrian Lamo (Foto:
Reprodução)
O norte-americano de 30 anos se tornou o mais famoso “grey hat hacker” da década passada. Em 2003, invadiu o sistema do jornal The New York Times apenas para incluir a si mesmo na lista de colaboradores. Ele também é conhecido por quebrar uma série de sistemas de alta segurança da rede de computadores, como a da Microsoft, da Yahoo!, da MCI WorldCom, da Excite@Home, e das empresas de telefonia SBC, Ameritech e Cingular.

1. Kevin Mitnick
Mitnick (Foto: Reprodução)Mitnick (Foto:
Reprodução)
O mais famoso hacker da história. Em 1990, Kevin Mitnick invadiu vários computadores de operadoras de telefonia e provedores de internet, além de enganar o FBI e se transformar em um dos cibercriminosos mais procurados da internet (história que chegou até a virar filme). Em 1995 ele foi preso, sendo liberado 5 anos depois após pagar fiança, mas nos primeiros três anos de liberdade não pode conectar-se a internet. Hoje, Mitnick é um consultor de segurança digital, tendo participado inclusive do evento Campus Party 2010 no Brasil.

sexta-feira, 2 de março de 2012

PAI TÔ COM FOME

- Este texto foi enviado pelo meu grande amigo Marcelo Bosso!!!




Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar, dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!


Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...


Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá....

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...


Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...

Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa...

E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...


Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...


Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:

'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma.. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fome de Riqueza!!!


Fome de riqueza

Eles já passaram dificuldades, viveram em favela e até em abrigo para refugiados. Conheça empreendedores que se tornaram empresários de sucesso e faturam milhões, e saiba como eles chegaram tão longe

Por Érica Polo
O empresário Antônio Carlos Ferreira, 48 anos, não se esquece do gosto amargo e da consistência pastosa do café com farinha que tomava de manhã antes de sair de casa para trabalhar. Quando criança, Ferreira vivia em uma favela, na cidade paulista de São Caetano do Sul, com sua família.
 
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"Ganhava o equivalente a R$ 30 por semana catando sucata. Hoje, minha empresa fatura R$ 200 milhões" Antônio Carlos Ferreira, dono da Neolider
Passava tanta dificuldade que, muitas vezes, não tinha nem um pão para comer. Inconformado, foi à luta. Começou trabalhando como engraxate e depois percebeu que podia ganhar mais catando sucata na rua e revendendo para o ferro-velho do bairro. “Conseguia o equivalente a R$ 30 por semana.
Vídeo: Antonio Carlos Ferreira, da Neolíder, conta sua trajetória. Do menino pobre que enraxava sapatos, até o empresário dono de uma empresa de R$ 200 milhões de faturamento. Confira:
Durante a manhã, estudava em um colégio público e à tarde catava sucata.” Hoje, passadas mais de três décadas, Ferreira é dono da Neolider, fornecedora de tubos de aço, que faturou R$ 200 milhões no ano passado e tem clientes do porte da Petrobras, Nestlé e Coca-Cola. Como ele, outros empreendedores brasileiros atravessaram adversidades, chegaram a passar fome, mas venceram.
 
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Setin varreu marcenaria. Sua empresa tem receita de R$ 400 milhões
Antonio Setin, ex-varredor de marcenaria, hoje é dono da Setin, uma incorporadora que fatura R$ 400 milhões; Sergio Amoroso, que vivia na roça, possui o grupo Orsa, uma companhia de papel e celulose com receitas de R$ 1,5 bilhão; Marco Franzato, um ex-boia-fria, hoje lidera o grupo de moda Morena Rosa, cujo faturamento foi de R$ 200 milhões; e Thái Quang Nghiã, um refugiado do Vietnã, encontrado faminto e à deriva por um petroleiro da Petrobras, em 1979, comanda uma empresa de calçados e acessórios com vendas de R$ 30 milhões ao ano. Qual é a receita desses empresários obstinados?
Não é fácil definir o caminho das pedras para o sucesso, mas uma característica que une todos esses empreendedores é coragem. “No início, mesmo que se tenha uma boa ideia e até mesmo algum capital, é fácil ficar com medo de tomar a decisão. Por isso, além da própria competência, é preciso ter atitude”, diz Marcos Hashimoto, do Centro de Empreendedorismo do Insper. Isso, aliás, é o que o empresário Sergio Amoroso tem de sobra.
Filho de pequenos agricultores que foram à falência e se mudaram para a cidade, Amoroso começou a trabalhar no almoxarifado de uma fábrica de calçados em Birigui, em São Paulo, com 11 anos. “Como eu gostava muito de números, fui crescendo na profissão e, quando tinha 16 anos, já era chefe do setor”, conta.
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Aos 18 anos, decidiu se mudar para a capital paulista, porque era a “terra da oportunidade”. “Eu tinha uns trocados guardados”, conta. Ao chegar, dividiu apartamento com jovens conhecidos. O dinheiro durou oito meses. “Fiquei uns três ou quatro dias sem comer, passei fome”, conta. Nesse meio tempo, Amoroso recebeu um convite para trabalhar em uma fabricante de embalagens de papelão.
“O dono queria alguém bem novo, que ele pudesse ensinar, e lá fui eu.” Ele trabalhou por lá durante sete anos e ficou craque no negócio. “Saí quando a empresa pediu concordata na época da super-inflação. Eu já queria abrir minha empresa e aproveitei o fato de ter muitos contatos no mercado de papel para começar”, conta.
Foi nesse momento, em 1981, numa época de instabilidade econômica, que ele mostrou a coragem e, com alguns sócios, alugou um galpão de 350 metros quadrados na Vila Zelina, em São Paulo, para montar o próprio negócio. “Financiamos a compra de algumas máquinas e conseguimos matéria-prima com prazo um pouco maior”, conta o presidente do Grupo Orsa, hoje com faturamento de R$ 1,5 bilhão. “Foi determinante não ter medo de enfrentar situações desconhecidas e agarrar-se às oportunidades com unhas e dentes”, diz Amoroso.
 
Uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor no Brasil mostra que alcançar o sucesso com um negócio próprio é o sonho de milhares de brasileiros.  “Em 2009, 15,32% das pessoas, com idades entre 18 e 64 anos, abriram uma empresa. Nos anos anteriores a taxa média era de 13%”, diz Simara Greco, coordenadora do levantamento no País.
Esse estudo ajuda a compreender a situação de um país. Os que possuem as maiores taxas de empreendedorismo são aqueles nos quais as diferenças sociais são abissais (leia quadro na pág. 65). Afinal, com menos empregos, as pessoas precisam buscar alternativas para sobreviver. E quem passou necessidade parece conhecer os atalhos para chegar lá. É o caso de Antônio Carlos Ferreira, da Neolider. Quando catava sucata, valorizava cada centavo como uma grande conquista.
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Por isso, aos 16 anos, quando – parecia o destino – arrumou emprego de contínuo em uma fundição que derretia sucata e a transformava em lingotes de chumbo, agarrou a chance com força. “Eu quebrava o galho de todo mundo e fui chamado para trabalhar no departamento de vendas”, diz Ferreira. Aquele foi o ponto de partida para desenvolver características que o levariam a construir sua trajetória: a técnica da negociação e o bom relacionamento com clientes e fornecedores. Some-se a isso uma grande visão empreendedora.
 
Em setembro de 1985, ele percebeu que faltava oferta de tubos de aço no mercado e, como conhecia todos os meandros do setor, resolveu que poderia ganhar dinheiro com isso. Vendeu um Fusca velho, alugou um salão de 10x20 metros, em São Bernardo do Campo, puxou duas linhas de telefone para lá – da própria casa e da residência da avó – e ligou para os conhecidos.
 
Na época, a companhia chamava-se Inox Líder e distribuía tubos de aço. No primeiro ano de operação, fechou um  grande contrato: a venda de tubos para a empresa alemã Henkel. Ferreira diz que o crescimento veio, sobretudo, por conta do talento da equipe de vendas. “Ganhava um pouco mais com quem precisava do material com urgência, mas também negociava a redução de preço se o cliente precisasse. Assim fui construindo minha rede de relacionamentos”, conta. E prossegue: “Também é preciso conhecer um pouco de tudo. Os grandes empresários entendem de vendas, administração e contabilidade”, avalia. 

 O conhecimento em várias áreas também ajudou Marco Franzato, 51 anos, hoje diretor-presidente do Grupo Morena Rosa, da área têxtil, a ter sucesso em um negócio que não era sua praia. “Eu sonhava abrir uma empresa já quando era pequeno e levava vida de boia-fria”, conta. Pois é, ele colheu café ao lado do pai, no interior paranaense, até os 16 anos e, até essa idade, só tinha concluído o ensino fundamental.
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Foi parar em Cianorte quando uma geada prejudicou as lavouras e levou a família a procurar emprego na cidade. “Logo após chegarmos, meu padrinho me chamou para trabalhar como ajudante em um escritório de contabilidade”, diz Franzato. Voltou aos estudos, trilhou carreira na área e decidiu criar seu negócio, uma grife de moda, aos 34 anos, com a esposa e mais três amigos.
“Estava cansado do que fazia, acreditava no meu potencial como administrador, no bom gosto da minha mulher e, além disso, minha cunhada era modelista”, conta. O grupo apostou na venda de roupas para butiques, cujo alvo é o público feminino das classes A e B. No início, o salão alugado para a fábrica tinha 80 metros quadrados e quatro máquinas.
 
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Marco Franzato foi boia-fria. Hoje seu grupo de moda fatura R$ 200 milhões
 
 
Para impulsionar as vendas, montou uma pequena loja perto da linha de produção, para onde o empresário levava sacolas com os produtos nas próprias costas. Resultado: hoje, a Morena Rosa tem  quatro marcas, uma sede com 5 mil m2 e faturou R$ 200 milhões em 2009. “Sempre fui ativo, dedicado e até hoje trabalho 15 horas por dia, acredito que seja a fórmula”, diz.
Mas não são apenas as características pessoais que ajudam no sucesso. Embora a cultura de empreender ainda não esteja enraizada como nos EUA, onde as crianças são estimuladas a vender limonada na porta de casa, o fortalecimento da economia do Brasil também tem colaborado para o surgimento de novos empreendedores. Que o diga o vietnamita naturalizado brasileiro Thái Quang Nghiã, 52 anos. Ele é a prova concreta de como o Brasil tem oferecido oportunidades.
Em 1979, aos 21 anos, ele decidiu fugir da ditadura no Vietnã e lançou-se ao mar junto com mais nove pessoas. Ficou à deriva e passou fome, até ser resgatado por um petroleiro da Petrobras no Oceano Pacífico. Chegou ao Brasil sem falar uma palavra de português, morou em favela no Rio de Janeiro e em albergues em São Paulo, onde vivia com auxílio mensal de US$ 50 fornecidos pela ONU.
 
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A partir do zero, Sergio Amoroso criou o grupo Orsa, com receita de R$ 1,5 bilhão
 
Aprendeu a falar o idioma lendo dicionários de francês-português em bibliotecas. “Aprendi francês na escola”, conta. A partir daí, conseguiu trabalhar. Descobriu o que realmente gostava de fazer, em 1986, quando teve que vender algumas bolsas que tinha recebido como pagamento de uma dívida. “Havia emprestado dinheiro a um amigo. Era final do Plano Cruzado, ele estava quebrado e me pagou em bolsas.” Saiu às ruas de Cotia e Itapevi, em São Paulo, para vendê-las. “Tive 400% de lucro com aquela venda.”
Com o dinheiro ganho, contratou costureiras para fazer bolsas artesanais e criou o Grupo Domini, que hoje também produz calçados e fatura R$ 30 milhões por ano. O pulo do gato, porém, aconteceu em 2003, no último ano da faculdade de administração – sim, o vietnamita que chegou ao Brasil sem falar uma palavra de português se formou na Universidade Mackenzie, em São Paulo.
“Precisava de um projeto diferenciado que fosse rentável, mas sustentável ao mesmo tempo.” A solução estava na sua cara. Quang tinha feito uma viagem para visitar a família no Vietnã e comprou um suvenir. Era uma miniatura de uma sandália que as pessoas usavam no tempo da guerra, feita artesanalmente com solado de borracha de pneus usados. Assim nasceu a Góoc, sua marca de sandálias e carro-chefe de seu grupo. A perseverança do vietnamita, que teve de aprender o idioma, morou em uma favela e hoje fatura milhões de reais, parece história de filme. 
 
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Quang, refugiado do Vietnã, morou em favela e hoje fatura R$ 30 milhões
 
Antonio Setin, dono da incoporadora Setin, não chegou a esse ponto, mas sua trajetória também é cinematográfica. Quem imaginaria que o fundador de uma companhia que deverá faturar R$ 400 milhões em 2010 começou a trabalhar aos 13 anos como uma espécie de faz-tudo em uma marcenaria? “Meus dois irmãos começaram uma marcenaria no fundo da casa dos meus pais, na zona norte de São Paulo. Eu varria, cortava madeira e ajudava na fabricação. As piores tarefas ficavam comigo”, brinca.
Nesse trabalho, onde permaneceu durante 11 anos, ele descobriu seu gosto por desenho e aprendeu a negociar, pois era quem atendia diretamente a clientela. “Quando concluí a faculdade, o sonho de construir estava latente”, conta. Aos 25 anos, então, formado em arquitetura, abriu seu primeiro escritório, no bairro da Casa Verde, na capital paulista, e mirou em um público a que poucas pessoas davam atenção: a classe C.
Ao lado dos irmãos, com o lucro da marcenaria, começou a comprar terrenos e construir casas populares para depois vendê-las. De casas populares, a construtora passou a construir imóveis para a classe média e depois hotéis. “As dificuldades me tornaram mais persistente e paciente”, diz Setin. Além disso, ele dá outra lição: “Eu nunca pensei em ganhar dinheiro. Sempre em fazer o que gosto.”

O vice venceu
Nascido no município de Muriaé, na Zona da Mata mineira, José Alencar percorreu um longo caminho até montar seu império têxtil e chegar à vice-presidência da República. Filho de família pobre, o menino nascido em 1931 dividia a casa com 14 irmãos e, na falta de energia elétrica e água encanada, precisava buscar água no poço todos os dias. Sem acesso à escola, Alencar foi alfabetizado pelos próprios pais.
 
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Alencar: no começo da carreira, trabalhou como vendedor 
Seu primeiro contato com uma sala de aula só ocorreria depois que vizinhos do povoado de Itamuri improvisaram um quadro-negro dentro de uma tulha (edificação de piso de chão e paredes de ripa cobertas de sapé), para onde o menino se dirigiu descalço durante três anos. Alencar começou a trabalhar aos 7 anos, ajudando o pai na venda, e aos 14 deixou a casa da família para trabalhar como balconista numa loja de tecidos.
O trabalho obstinado transformou o menino pobre de Muriaé em proprietário de uma lojinha em Caratinga com apenas 18 anos. Ele ainda seria viajante comercial, atacadista de cereais e dono de uma fábrica de macarrão. Criada em 1967 por Alencar, a Coteminas se tornou uma das maiores têxteis do mundo.